"Hoje, o que eu quero, de verdade, é que aconteça para todas as pessoas que passam por isso o que aconteceu com a gente." Esse é o sentimento de Rosemary Castro, mulher de Vamberto Luiz de Castro, de 64 anos.
O funcionário público aposentado é o paciente que tinha linfoma em fase terminal e agora, segundo os médicos, está "virtualmente" livre da doença. Ele teve alta no último sábado (12), após apresentar melhoras com um tratamento inédito na América Latina, baseado em uma técnica de terapia genética descoberta no exterior e conhecida como CART-Cell.
No início de setembro, o corpo do mineiro estava tomado por tumores, mas, nesta semana, a maioria já desapareceu. Segundo os médicos, isso é um indicativo da evolução da terapia. Para pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC-Fapesp-USP), ligado ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Vamberto está praticamente livre da doença.
Para os especialistas, porém, é difícil falar em cura porque o diagnóstico final só poderá ser dado após cinco anos de acompanhamento. Os exames apontam, segundo eles, a “remissão do câncer”.
A técnica utilizada, chamada de CART-Cell, já é comum nos Estados Unidos, Europa, China e Japão. Ela consiste na manipulação de células do sistema imunológico para as células causadoras do câncer sejam combatidas. O ataque é contínuo e específico, segundo os médicos.