Neste domingo (16), a Austrália se tornou bicampeã ao vencer os Estados Unidos (que buscavam o penta) por 58 a 55. A medalha de bronze ficou com o Japão, campeão da edição anterior, há quatro anos, que superou a anfitriã Dinamarca por 61 a 57.
"[O jogo com a Suíça] Foi muito apertado, parelho. [O resultado] Traz um acalento aos nossos corações, depois de jogos tão difíceis, com nossa primeira vitória. É um processo de aprendizado que a gente precisa [passar]. O Brasil está crescendo e nossa meta, a partir de agora, é classificarmos sempre para campeonatos importantes, pois é isso que vai elevar o rugby brasileiro. Que seja o primeiro [Mundial] de muitos", destacou José Higino, atleta e presidente da Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC), em publicação no Instagram da entidade.
No ano que vem, os brasileiros terão pela frente os Jogos Parapan-Americanos de Santiago (Chile), que classificam o medalhista de ouro à Paralimpíada. A única participação nos Jogos foi em 2016, quando o evento foi no Rio de Janeiro e o Brasil competiu como país-sede.
O rugby em cadeira de rodas é praticado por homens e mulheres, sem divisão por gênero, com tetraplegia ou grau elevado de comprometimento físico-motor. Os atletas são divididos em sete classes (de 0,5 ao 3,5, variando a cada meio ponto). Quanto menor o número da categoria, maior é a deficiência. A soma das classes dos atletas em quadra (quatro por time) não pode passar de oito.
O jogo tem quatro períodos de oito minutos e ocorre em uma quadra com dimensões de basquete (15 metros de largura por 28 metros de comprimento). Os jogadores, para pontuarem, devem ultrapassar a linha do gol adversário com as duas rodas da cadeira e a bola (semelhante à do voleibol) em mãos.