O Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), entidade sem fins lucrativos, lançou hoje (9), em Brasília, uma iniciativa que visa divulgar o Sistema Único da Assistência Social (Suas) para pessoas com deficiência auditiva e visual e mudas. Elaborado em conjunto com o Ministério da Cidadania, o projeto usará recursos audiovisuais para transmitir informações relacionadas ao sistema.
Ao todo, serão veiculados 16 vídeos, que abordarão temas como a função do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Todas as produções contarão com um intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), locução em off, legendas e ilustrações, que as tornarão acessíveis ao público-alvo.
Cada vídeo terá duração de quatro minutos e será disponibilizado nos canais do YouTube do ministério e do Ciee, além de poder ser utilizado pela rede do Suas.
O Ciee tem como meta facilitar a inserção de jovens no mercado de trabalho, fazendo a ligação com empresas interessadas em contratá-los visando integrar programas de estágio e aprendizagem. Com atuação em todo o país, atende, atualmente, 300 mil jovens - 200 mil em regime de estágio e 100 mil no de aprendizagem.
O superintendente institucional do Ciee, Ricardo Melantonio, disse que os vídeos têm por objetivo contribuir para que as pessoas com deficiência saibam os seus direitos. "É uma questão muito importante da Constituição Federal, mas eles não têm acesso. Então, é uma condensação, uma consolidação de informações", destacou.
Este ano, 534 jovens com deficiência foram contratados por empregadores parceiros do Centro de Integração Empresa-Escola. A expectativa, disse o superintendente da entidade, Humberto Casagrande, é que o projeto lançado com o governo federal aumente o volume desse tipo de contratação para mil.
Também presente no evento de lançamento, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, disse esperar que a ação repercuta em todo o país.
"A importância é enorme, porque estamos querendo mudar o viés de [como] trabalhar a redução da pobreza. Não só a transferência de renda que estamos mantendo e melhorando. O presidente [Jair Bolsonaro] este ano já autorizou a dar mais uma parcela para Bolsa Família - nós vamos ter 13 parcelas este ano -, mas isso não resolve o problema da redução da pobreza. Essa transferência de renda mantém as pessoas sem passar fome, mas não reduz a pobreza. O que precisamos ter é a geração de emprego e renda. Isso é uma peça-chave para pegar, principalmente, o público mais jovem, que está iniciando no mercado de trabalho, que pode iniciar, é fundamental que tenha uma oportunidade. E essa oportunidade o Ciee se dispõe a dar", afirmou.
"Essa articulação com as entidades empresariais nós vamos ajudar, o governo vai entrar para que elas sejam mais permeáveis e gerem vagas de estágio e trabalho dentro de um programa que nós temos, que é o Progredir [para pessoas inscritas no Cadastro Único]. Nós vamos juntar com o Ciee esse programa e vamos fazer com que essa oferta se amplie bastante, quanto a oportunidades de estágio e até de primeiro emprego", finalizou.