26/09/2019 às 11h06min - Atualizada em 26/09/2019 às 11h06min

Apenas 5,5% dos municípios com imigrantes têm serviços focados nessa população

Cocal do Sul esta inserido neste contexto

- 87 News
IBGE
 

Dos 3.876 municípios com presença de imigrantes, apenas 215 oferecem algum serviço de gestão migratória, o que representa 5,5% desse total. Quando se consideram todos os 5.570 municípios do país, inclusive os sem registro de imigrantes, esse número aumenta para 232, mas a proporção diminui para 4,1%.

A informação é do Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) 2018, divulgado ontem, quarta-feira (25) pelo IBGE, que investigou, pela primeira vez, os instrumentos de gestão migratória. Para identificar os municípios com imigrantes, foi utilizada a base de dados da Polícia Federal.

“A gestão migratória deveria ser da responsabilidade das três esferas de poder, com o ente federal gerindo as entradas e saídas, a regularização e a cooperação internacional. Já as políticas referentes à integração, como o ensino do idioma, geração de trabalho, acesso aos serviços, entre outras, estão mais próximas às esferas municipais e estaduais”, explicou a gerente da pesquisa, Vânia Pacheco.

O ensino de português a imigrantes era ofertado em apenas 48 municípios de 11 unidades da federação, concentrados nas cidades do Sul, particularmente, Santa Catarina.

Cocal do Sul, através da
s secretarias de Assistência Social e Educação ofereceram em 2018, gratuitamente aulas do idioma brasileiro para mais de 70 haitianos.

Outra questão investigada foi o atendimento multilíngue nos serviços públicos. “O acesso aos serviços públicos é uma das maiores dificuldades encontradas pelos imigrantes. Como a oferta de cursos de português é baixa, essas pessoas têm dificuldades de comunicação e encontram problemas ao buscar serviços públicos, por exemplo, em tratamentos de saúde”, explicou Vânia.

 


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