13/02/2020 às 11h03min - Atualizada em 13/02/2020 às 11h03min

Era uma vez uma Lagarta!

Katya Silva - Cocal FM
Olá!

Simbora Bicho?

Hoje eu tive algumas pequenas grandes percepções, pra quem vê de fora pode não ser muito, mais pra mim é surreal.

Sabe quando no nosso dia a dia a gente “se satisfaz” com pequenas distrações como mexer no celular constantemente, jogar paciência no computador, joguinhos de celular, pequenas manias constantes que a gente usa como fuga do caos que está a nossa volta?

Pergunta complexa essa né!
Poisé!

A gente se pega sonhando acordado com um estilo de vida que tanto deseja, vemos as pessoas avançado em direção aquilo que a gente quer, mais a gente parece que não saí do lugar.

Você quer acordar cedo, mais vive na função soneca, na ilusão do: “Só mais cinco minutinhos”
Quer ser mais produtivo, mais não deixa de acompanhar “a vida de sucesso” dos seus amigos e inimigos no Facebook e Instagran e quanto mais olha o sucesso do outro mais fracassado se sente e mais se afasta do seu.

Quer mais tempo, parece que o relógio trabalha a seu desfavor, mais fica horas pendurado nos joguinhos de celular e na paciência, enquanto acha que daquela procrastinação disfarçada de relaxamento vai te trazer uma idéia milionária que vai mudar a história da sua vida ou que um milagre vai acontecer e as “coisas” vão se fazer sozinhas.

Vivemos por ai apontando dedos, justificando nossas falhas com má sorte ou abandono de Deus, adoecendo ou ficando enorme de gordo por conta das nossas opções alimentares totalmente incoerentes com o que a gente quer, levantamos da cama fisicamente mais nossa alma continua dormindo, vamos ao trabalho(que nos permite comer, beber, nos vestir, morar embaixo de um teto, alimentar nossos filhos, realizar sonhos, passear, visitar nossa família etc.) como se tivéssemos indo para a forca, estamos amarrados a hábitos que conscientemente não queremos, mais inconscientemente lutamos para não abandonar porque são as almofadas fofinhas da nossa zona de conforto, olhamos a nossa volta todos os dias, tudo o que vemos vai contra nossos sonhos e metas pra vida, mais não somos corajosos o bastante para enfrentar.

E então a gente se esconde e culpa alguém, o irmão mais velho, o vicio do pai, o mau comportamento da mãe, o filho não planejado, o namorado infiel, o marido desorganizado, chato, rabugento, o patrão muquirana e explorador, as recalcadas, o governo esquerdista, o presidente nazista, o país, o seu vizinho que não sabe a hora de baixar o volume do som ou da própria conversa, quando na verdade o que realmente grita é sua voz interior te chamando pra mudar, pra viver, pra se transformar.


Hoje foi um dia incrível,carismático, grandioso.

Eu passei metade da minha vida almejando um estilo de vida de forma consciente, alimentação saudável, exercícios físicos diários, descobrir o mundo com meu filho através das descobertas dele, acompanhar cada passo da sua evolução e crescimento, um casamento fechado na parceria do tipo que se entende no olhar, realização total no meu trabalho criativo e itinerante que eu sonho desde que me entendo por gente, nesse ir e vir sem fronteiras, levando encantamento, levando alegria, levando conforto e sonhos, através da minha voz, do meu corpo, da minha criatividade e imaginação, prosperidade para honrar meus compromissos e ir além, na satisfação de simplesmente gostar e poder dizer, eu quero, eu compro, me da, é meu.

Mais eu não chegava lá, mesmo tendo tudo isso perfeitamente desenhado em minha mente, eu não chegava lá, eu batia na porta, mais nunca tinha ninguém pra atender, quando tinha a pessoa que podia me ajudar não estava, quando estava não podia me atender, quando muito eu esquecia até o caminho e nem sabia mais como chegar à tal porta.

E eu me perguntava por quê? Nesse ir e vir eu consegui tanta coisa, mais ainda assim me sentia vazia, não sentia que realmente tivesse obtido tal conquista.

Mais hoje eu falei! Sim, eu me soltei e coloquei pra fora, eu deixei ir às pedras do caminho que eu vinha catando e colocando na minha bolsa (que tava pesada pra caramba)
Eu entendi a logística da minha vida, foi como se eu saísse do corpo e me visse do lado de fora (eu merecia uma surra).

E muita coisa mudou depois dessa carga que eu deixei pra trás, foi um lindo recomeço!

Porque eu to falando tudo isso você deve estar se perguntando, se é que ainda ta aqui. Ei psiu! Ta ai?

Bom, porque eu não estou sozinha nessa barca furada remendada com chiclete, tem muitas e muitos por ai vivendo em um circulo vicioso bem parecido, tão igual ou pior que o meu (se é que pode ficar pior). E se era uma luz no fim do túnel que esse alguém precisava ta ai, uma frestinha.

Hoje, eu cheguei em casa almocei, lavei e sequei minha louça, dobrei as roupas empilhadas no sofá, arrumei meu guarda-roupa, joguei no lixo tudo o que tava quebrado, vencido, rasgado, manchado e abri espaço pra todas as coisas novas que vão chegar. Abri espaço pra todos os novos hábitos que eu posso ter, pra todas as mudanças que só eu posso fazer por mim.

Ufa!

Ainda sobrou um tempão pra conversar com uma nova cliente, e chamar a Alice filha da minha vizinha pra vim brincar comigo e com o João de jogo da memória, onde a prenda para quem perdesse teria a cara toda pintada.

Adivinha quem ficou parecendo um quadro abstrato?

E foi incrível!

Ei! Vai dar certo com você também, respira. Pra começar joga fora o que mais te incomoda nesse momento.

Às vezes ficamos na ilusão de que coisas grandiosas aconteçam, quando na verdade toda transformação, todo milagre ta nos detalhes.

E então, quando você compreende, em um belo dia a Lagarta se foi, e você se transformou em uma linda borboleta.

Até a próxima!

E não se esqueça que temos um encontro diário na 87.9 FM as 16h pra viajarmos juntos na nossa máquina sonora do tempo!
 


 
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