O governador de Santa Catarina Carlos Moisés (PSL) enfrenta mais uma turbulência em seus primeiros meses de madato. Eleito em “chapa pura” pelo partido ao qual pertence também o presidente da República, Jair Bolsonaro, tendo com sua vice-governadora Daniela Reinehr.
Na útlima semana a vice-governadora foi alvo de denúncias em um jornal pertencente ao Grupo RIC de Comunicação, associado à Rede Record em Santa Catarina,que revelou números sobre a residência oficial do govenador e da vice, mantidas pelo contribuinte catarinense.
Indo de encontro ao discurso de campanha, onde defendeu a defesa da família e dos bons costumes, além do fim da corrupção e da chamada “Velha Política”, o Governo agora amarga denúncias de privilégios injustificados, gastos obscuros, desperdício de dinheiro público, além de acordos e contratos com suspeitos de dilapidar os cofres estatais.
Santa Catarina é um dos dois únicos estados do Brasil (o outro é o Maranhão) em que o vice-governador tem uma residência oficial mantida pelo erário.
Só no primeiro semestre deste ano, conforme mostram dados publicados no Portal da Transparência, a casa da vice-governadora consumiu R$ 292 mil, o que equivale a 32% da verba total gasta com o gabinete da mandatária, conforme dados abaixo:
Os números do Portal da Transparência, compreendem entre a contratação de outros profissionais, o pagamento por serviços de telefonista, servente e digitador, todos com custos bem acima da média de mercado.
Grande parte destes serviços são prestados pela empresa Orcali Serviços de Segurança e Limpeza. Pelos seis primeiros meses atendendo às necessidades da residência da governadora, a companhia fechou um contrato com o governo que deve lhe render R$ 135 mil.
A Orcali é uma das empresas denunciadas como participante dos esquemas de desvio de recursos públicos que estão sendo combatidos pela Operação Alcatraz, da Polícia e da Receita Federal em Santa Catarina.
Trata-se de uma operação que foi deflagrada em maio deste ano. Ela visa combater fraudes em licitações e desvios de recursos públicos por meio de contratos de prestação de serviço de mão de obra terceirizada firmados com órgãos do governo de Santa Catarina. Mais de 20 pessoas foram denunciadas à Justiça e 17 já viraram réus em processos criminais.
No início de junho, oito pessoas foram presas suspeitas de integrar o esquema. Uma delas é o empresário João Buatim. Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que emitia notas fiscais por serviços publicitários sem, entretanto, ter prestado tais serviços. As notas frias teriam como contratantes empresas dos grupos Ondrepsb e Orcali, do ramo de mão de obra terceirizada. Disse também que essas notas eram necessárias para que os donos das empresas pudessem repassar dinheiro vivo para agentes públicos do Estado. As empresas negam qualquer irregularidade.
O governo de Santa Catarina se manifestou por nota a respeito do assunto, afirmando que “o uso da residência oficial da vice-governadoria é uma prática estatal desde a compra do imóvel, em 1979, e foi utilizado desde então por cerca de 10 vice-governadores”.