A pandemia de COVID-19 gerou uma profunda crise econômica, que atingiu diversos setores e atividades por todo o mundo ao longo de 2020. Desde março, o Brasil vive o desafio de enfrentar o coronavírus e o de manter a economia aquecida.
Seis meses se passaram, e hoje já é possível obter um retrato de como o mercado está enfrentando este momento. Após um primeiro trimestre de retração, o mercado de imóveis comerciais apresentou uma pequena recuperação, tanto no retorno de capital quanto no retorno da renda, com variações positivas ao fim do 3º trimestre de 2020. Porém, com o aumento da inflação no período, os retornos reais são escassos.
Em meio à crise econômica e com a taxa básica de juros no menor patamar da história, o mercado imobiliário se destacou por ser considerado uma opção de baixo risco perante outros. Tanto que, foi durante os meses de pandemia, que a quantidade de pessoas físicas que investem em Fundos de Investimentos Imobiliários ultrapassou a marca de 1 milhão de investidores.
"Para o setor imobiliário, este movimento é traduzido em mais recursos financeiros para imóveis. Com uma maior liquidez, cresce a busca por ativos imobiliários prontos e performados", afirma o CEO da SiiLA Brasil, Giancarlo Nicastro.
DESEMPENHO DO SETOR
O SiiLA Brasil Index, ou SBI, oferece uma análise do retorno da renda e do retorno do capital investido em imóveis comerciais de alto padrão no Brasil.
No terceiro trimestre de 2020, a variação do SBI-Geral (índice composto de forma ponderada de três tipos de imóveis: Shoppings, Escritórios e Condomínios Logísticos) apresentou um aumento de 1,54% no retorno da renda quando comparado com o trimestre anterior.
"Este aumento foi puxado principalmente pelo setor logístico no Brasil, que variou positivamente 2,37% no período. Em termos de valor dos ativos, os shoppings recuaram a valores similares aos de 2018. O índice indica que, nos últimos 12 meses, este tipo de ativo teve uma queda de 5,76% no valor do metro quadrado", analisa Nicastro.
Para o mercado de imóveis corporativos, as propriedades não apresentaram uma nova desvalorização no último trimestre. "Grandes transações de compra e venda foram concluídas no período, e muitas exigiram renda mínima garantida por parte dos vendedores, o que ajudou no desempenho deste tipo de ativo", completa o executivo.
NOVIDADE SiiLA
A partir de novembro de 2020, a SiiLA Brasil disponibiliza abertamente em siila.com.br/index uma nova aba de análises, a partir da qual é possível cruzar os dados do SBI-Geral com outros índices do mercado, como Ibovespa, IFIX, CDI e Dólar.
"Para facilitar a compreensão dos índices de retorno de renda, de capital e o retorno total do SBI-Geral, estamos lançando agora um gráfico no qual é possível analisar o desempenho dos imóveis comerciais junto de outros índices já popularmente conhecidos. Com isso, é possível rapidamente identificar como os imóveis comerciais performam diante de outros investimentos", afirma Nicastro.