A 2W Energia, uma das maiores comercializadoras independentes do Brasil, anunciou hoje que estruturou uma operação financeira junto ao Darby Overseas Partners, uma subsidiária integral da Franklin Templeton e mandatou o Banco BTG Pactual para a emissão de debêntures de infraestrutura a fim de captar R$ 600 milhões para o projeto eólico Anemus, localizado no Rio Grande do Norte.
"O projeto será implantado com recursos próprios da 2W Energia combinados com um financiamento mezanino de US$ 30 milhões com o Darby e uma debênture de mercado. Todo o montante necessário para construir e operar o empreendimento já está negociado", afirma Claudio Ribeiro, CEO da 2W Energia.
O Anemus possui capacidade instalada de 138,6 MW e sua entrada em operação comercial está prevista para primeiro trimestre de 2022. A 2W Energia já assinou um termo de compromisso com a WEG, uma das mais conceituadas fabricantes globais de aerogeradores, para o fornecimento dos equipamentos. "Houve uma disputa acirrada entre fornecedores, mas a WEG apresentou condições técnicas e comerciais mais interessantes", pontua Ribeiro.
O plano de negócios da 2W Energia prevê a construção de quatro projetos eólicos até 2024, nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, que juntos terão capacidade instalada de 1 GW e representam um investimento total de R$ 4,4 bilhões. A geração de energia é um dos pilares da estratégia de expansão da companhia e será toda direcionada para a comercialização no Mercado Livre, segmento no qual a 2W Energia pretende migrar 1.000 clientes nos próximos três anos.
"Acabamos de exercer nossa opção de compra para nosso segundo projeto, o Aracati, e já estamos em negociação com algumas gestoras para elaborar um FIP-IE ou estruturas de capital similares a Anemus para equacionar o financiamento desse projeto", acrescenta Ribeiro. O projeto Aracati tem 260 MW de capacidade a ser instalada e investimento estimado em R$ 1,1 bilhão. O parque está localizado no Ceará, próximo à divisa com o Rio Grande do Norte. "Temos todas as licenças para a instalação, medição de ventos, parte fundiária resolvida e espaço na conexão. O projeto está ready-to-build e o COD dele é estimado para o terceiro trimestre de 2022", explica Ribeiro.
A 2W Energia possui um modelo de negócios disruptivo sendo a única do setor com um produto 100% digital. "Estamos inovando também nas fontes de financiamento, sendo uma empresa totalmente dedicada ao Mercado Livre. O setor financeiro evoluiu e agora é possível estruturar projetos com PPAs de Mercado Livre. O próprio BNDES já possui uma curva de preço suporte para esses projetos", comenta Ribeiro. O executivo adianta que também está em tratativas com o BNDES para financiamento dos projetos.
Aposta na digitalização de serviços
Para ampliar sua carteira de clientes no Mercado Livre, a 2W Energia focou seus esforços na digitalização de serviços. A companhia lançou recentemente com muito êxito a plataforma digital Energia Livre que é 100% digital e que permite ao consumidor comprar energia por até 10 anos com descontos de até 30% sobre tarifa de energia.
"Nossa plataforma de serviços democratiza o acesso à energia renovável com preços competitivos e atraentes facilitando a migração para o Mercado Livre do médio e pequeno consumidor", assegura Ribeiro.
O consumidor pode migrar para o Mercado Livre diretamente pelo site da 2W Energia, onde pode fazer simulações e a contratar o serviço de migração com apenas três cliques. A aposta da 2W Energia é que a tecnologia será sua principal aliada na democratização, desburocratização e digitalização para facilitar a migração de novos clientes para o segmento.
A empresa também desenvolveu um canal inovador no setor, que é a figura dos Agentes Autônomos. Atualmente a 2W Energia tem 60 agentes ativos e chegará a 100 até o fim do ano. A companhia oferece treinamento, apoio gerencial e de marketing com o intuito de que esses profissionais originem e levem informação aos consumidores.