23/09/2020 às 15h58min - Atualizada em 23/09/2020 às 15h58min

Cientistas descobrem que a umidade do ar é o principal fator responsável pela disseminação do coronavírus e não o calor

- 87 News
Sputnik News
 

Cientistas descobriram qual é o fator-chave responsável pela velocidade de transmissão do coronavírus.

Com a ajuda de modelos teóricos e experimentos hidrodinâmicos, especialistas analisaram a influência da umidade, da temperatura do ambiente e da velocidade do vento na proliferação de gotículas de saliva que contêm partículas do coronavírus.

Profissional de saúde coleta amostra de teste para COVID-19 em mercado de Brasília, 24 de agosto de 2020

Profissional de saúde coleta amostra de teste para COVID-19 em mercado de Brasília, 24 de agosto de 2020

© AP PHOTO / ERALDO PERES
Profissional de saúde coleta amostra de teste para COVID-19 em mercado de Brasília, 24 de agosto de 2020

Segundo o portal EurekAlert!, a equipe de cientistas descobriu que a vitalidade do vírus diminui em altas temperaturas e baixa umidade relativa devido à rápida evaporação. Em temperaturas quentes e com alta umidade, porém, a possibilidade de transmitir o coronavírus continua alta.

"Se a umidade relativa do ar em recintos fechados for menor do que 40%, as partículas emitidas por pessoas contaminadas absorvem menos água, se mantendo mais leves, voam mais longe através do quarto e têm maior probabilidade de serem inaladas por pessoas saudáveis. Além disso, o ar seco torna as mucosas de nossos narizes secas e mais vulneráveis a vírus", explicou Ajit Ahlawat, professor do Instituto de Pesquisa Troposférica Leibniz (Alemanha).

A descoberta é particularmente importante devido ao inverno que se aproxima no Hemisfério Norte do planeta, onde milhões de pessoas vão permanecer em ambientes fechados e aquecidos.

A pandemia do coronavírus, que teve os primeiros casos registrados na cidade chinesa de Wuhan, demonstra se acelerar, ressurgindo uma segunda onda em diversos países. De acordo com a Universidade Johns Hopkins (EUA), o número global de casos já soma mais de 31 milhões, dos quais mais de 970 mil são falecimentos.


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