Empresas financeiras e seguradoras que oferecem crédito, produtos e serviços aos clientes, até mesmo durante uma pandemia, têm corrido o risco de que o contratante desses produtos ou serviços se tornem inadimplente e, com isto, a empresa percebe a necessidade de recuperar os valores provenientes de tais dívidas.
Segundo a Administradora de Empresas, Priscila Caetano do Carmo, no caso de uma seguradora, por exemplo, a recuperação de um ativo pode funcionar da seguinte forma: um cliente que tem o seu carro segurado e que, após a abertura de sinistro por furto/roubo, passados os 30 dias para sua localização e não obtendo sucesso, o pagamento do sinistro é feito pela seguradora ao cliente e este veículo entra para uma base de ativos passíveis de recuperação. Neste caso, o veículo pode ser leiloado e o valor levantado neste leilão, minimiza os custos operacionais de uma seguradora, que é o próprio pagamento do sinistro.
“Uma empresa que realiza a recuperação de ativos, para muitos, pode ser dispensável, ainda mais em momentos de crise mundial, como este que estamos enfrentando com a pandemia. No entanto, mesmo neste momento de crise, empresas que realizam este tipo de atividade, podem aumentar sua solvência e adquirir equilíbrio em suas operações”, afirma Priscila.
A diferença é que o momento exige inovações no modo da operação e até mesmo um maior tato nas negociações, visto que grande parte das inadimplências podem ser provenientes da própria crise, pois a pandemia tem sido um percalço, principalmente para as pequenas e médias empresas, que são dependentes de capital de giro e de uma certa independência financeira, relata a Administradora.
Um grande aliado para essas empresas, neste momento, é o avanço da tecnologia que vem tornando cada vez mais tangível, a automatização de trabalhos até então desenvolvidos por humanos. É o caso de um sistema, com base no tratamento de dados, que direciona ligações telefônicas ao devedor, que precisamente, não só estava disponível para falar ao telefone, como também disposto a receber uma proposta de acordo, graças à alta tecnologia denominada como “big data” que por meio dos dados obtidos, consegue dar um melhor direcionamento aos clientes que estejam dispostos a realizar tais pagamentos.
Carmo que conhece o mercado e já teve a experiência de trabalhar em uma seguradora de grande porte, afirma que por ano, em média, são recuperados, entre R$5 milhões a R$8 milhões de reais.