14/08/2020 às 13h06min - Atualizada em 14/08/2020 às 13h12min

Com retomada de economia e redução da frota de transporte público, usuários buscam alternativas para deslocamentos seguros

Estudo da Rede de Pesquisa Solidária indica que a política de redução da frota de transporte público adotada por várias cidades brasileiras tende a piorar as condições de contágio por causar aglomerações e lotações.

DINO
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Movimento de carros na cidade voltou a aumentar


Com a flexibilização das atividades e retomada do comércio em várias regiões do Brasil, a circulação de ônibus lotados voltou a se tornar rotina nas grandes cidades como São Paulo, o que preocupa pesquisadores das áreas de transporte e saúde.

Em abril, a prefeitura de São Paulo divulgou que 6,75 milhões de passageiros haviam deixado a utilização dos ônibus do município devido o respeito às quarentenas da cidade. O total de passageiros informados pela prefeitura são 10 milhões ao mês.

Com isso serviços mais seguros, como táxis pelo fato de ter exclusividade entre motorista e passageiro, evitando aglomerações voltaram a crescer na retomada das atividades corporativas. O mercado de táxis que havia sofrido uma queda brusca, por conta da redução dos deslocamentos de pessoas, voltou a comemorar o crescimento e a recuperação da economia no Brasil.

O serviço que é considerado essencial, precisou se adaptar ao novo normal, disponibilizando itens de higiene como álcool, redução de diálogo entre motorista e passageiros e até máscaras, tudo isso para garantir a segurança dos clientes.

Para Wappa, pioneira e principal aplicativo corporativo do mercado, era inevitável a retomada dos serviços, principalmente considerando a cultura brasileira. Com mais de 10 mil empresas clientes e 210 mil motoristas em 2500 cidades do Brasil, a empresa com 19 anos de mercado tem ajudado empresas e motoristas neste momento. “Mesmo com o Home Office, existem atividades que exigem o deslocamento de colaboradores e existem mercados extremamente aquecidos, como o da saúde e alguns de consumo. O Brasileiro, diferente de outros povos, prefere o contato físico  e isso mesmo pós-pandemia não irá mudar", afirma Armindo Mota Junior, Fundador e CEO da Wappa.

Contudo o mercado ainda traz preocupações, segundo a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis ( Abla), mais de 160 mil carros, destinados aos serviços de aplicativos, foram devolvidos nos últimos meses, isso significa uma redução de mais de 80% de disponibilidade somente na frota alugada. Em contraponto aos serviços de táxis, que crescem, o de carros particulares sofre com a redução de disponibilidade.

Em regiões mais empresariais, hoje os serviços de táxis são disputados entre passageiros. Para José Francisco Machado, taxista da região central de São de Paulo, o número de corridas aumentou significativamente nas últimas duas semanas. “No início da pandemia, em alguns dias não tive uma única corrida, hoje chego a ter no mínimo 10" comemora Machado. Para ele, aplicativos como Wappa contribuem com oferta de passageiros.

Para o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas empresas de táxis no Estado de São Paulo ( Simtetaxi) há um cenário muito positivo. “As pessoas vão trocar os meios de transporte que geram aglomeração por opções mais seguras e confiáveis” afirma Antonio Raimundo Matias Ceará, Presidente do SimtetaxiSP.

 



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