As autoridades da Alemanha, que tinham decidido reabrir suas escolas esta semana, tiveram que fechar novamente dois estabelecimentos no norte do país. A medida foi tomada após a confirmação de casos de contágio por Covid-19 entre alunos e professores.
Centenas de crianças de uma escola primária da cidade de Graal-Müritz tiveram de retomar o ensino remoto, depois que um aluno testou positivo para o novo coronavírus, informaram as autoridades do distrito de Rostock na última sexta-feira (7).
Já em um instituto de ensino médio Ludwigslust, uma professora ficou doente e a instituição ficará fechada pelo menos até a próxima quarta-feira.
A decisão de fechar os dois estabelecimentos foi apresentada como uma medida de precaução. A professora contaminada na escola de Ludwigslust, que acolhe 800 alunos, não chegou a dar aulas desde a retomada das atividades, mas a direção preferiu mandar todos para casa, já que ela havia participado de reuniões durante a semana. Seus 55 colegas de trabalho serão testados.
Ambas as escolas ficam em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental (norte), primeira região da Alemanha a retomar as aulas, na segunda-feira (3), após o período de isolamento provocado pela pandemia de Covid-19. Cerca de 150 mil alunos da província voltaram às escolas.
Além de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, as aulas também foram retomadas nas região de Hamburgo. Na próxima semana, será a vez dos estabelecimentos de Berlim, de Schleswig-Holstein, de Brandemburgo e da Renânia do Norte-Vestfália, o land mais populoso do país e também um dos que mais sofreram com a pandemia.
A Alemanha foi apontada no começo do surto na Europa como o país da região que melhor administrou a crise. Os alemães adotaram uma política de testes em massa da população, evitando a saturação de seu sistema hospitalar, como aconteceu na França ou na Itália. A volta às aulas nesse momento é vista como mais um sinal da gestão eficaz da crise sanitária no país.