07/08/2020 às 19h27min - Atualizada em 09/08/2020 às 00h00min

Dia dos Pais: especialista em Reprodução Humana conta a sua experiência como paciente

O relato emocionante é do Dr. Alfonso Massaguer, que precisou passar por um tratamento de reprodução assistida para realizar o sonho da paternidade

DINO
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Esse Dia dos Pais de 2020 será mais uma data especial na vida do médico que se dedica a realizar o sonho de casais com problemas de fertilização. Acostumado às inúmeras histórias de luta pela gravidez, e a acompanhar de perto o sofrimento de casais com problemas de infertilidade, o destino surpreendeu o profissional, e o ser humano sentiu na pele o que cada paciente já passou ao entrar no consultório em busca de um diagnóstico e do melhor tratamento. "Ninguém espera realizar um tratamento para ter um filho. A sensação de não conseguir algo que deveria ser simples e fácil, é uma grande frustração. Os sentimentos de homem, marido e médico se confundem nestes momentos. A razão e emoção se embaralhavam.", afirma o Dr. Alfonso que acumula quase 20 anos de experiência como ginecologista e obstetra que atua com Reprodução Assistida.

A circunstância vivenciada pelo médico, fez com que na sua relação diária com o paciente fosse adicionada a empatia. Cada casal que entrar no consultório encontrará do outro lado da mesa alguém que entende e compartilha das mesmas angústias e sonhos. Compartilhar essa história que resultou num final feliz, pode servir de inspiração para os casais que sofrem com a infertilidade e desejam muito tornar o sonho da gravidez uma realidade.

O Dr. Alfonso Massaguer é um médico reconhecido pelo trabalho que desempenha à frente da Clínica Mae, e já sabia que a mulher dele, a advogada Patrícia Saggioro Leal, de 35 anos, teria dificuldades para engravidar naturalmente, isso porque ela apresentava uma falta de ciclo menstrual, tendo que fazer uso de pílula anticoncepcional para ter um controle "mais regular". A partir daí, o vasto conhecimento profissional do médico deu segurança e tranquilidade ao casal para seguir no projeto da gravidez. Para Patrícia "toda a calma e apoio do marido foram essenciais para que a gestação fluísse bem diante de todas as dificuldades".

Os exames levaram ao diagnóstico de ovários policísticos e amenorreia central, que é a ausência de menstruação nas mulheres em idade fértil. Patrícia apresentava outros problemas decorrentes da não menstruação, como endométrio "fino" e o útero não estava nas condições ideais para receber o embrião devido à falta de estímulos hormonais a que foi submetida. Ela também havia retirado um mioma uterino, o que complicava ainda mais o processo.

Com o diagnóstico completo, Patrícia se submeteu ao estímulo ovariano e posteriormente iniciou o tratamento de fertilização in vitro - FIV, para conseguir um número adequado de óvulos. Com a FIV o casal conseguiu cerca de 24 óvulos maduros e 11 blastocistos, que são embriões de 5 e 6 dias. Desses 11 embriões, 10 estavam normais, e 1 apresentou alteração na biópsia, com cromossomos em quantidade alterada.

Chegada a hora de começar uma nova etapa do procedimento: a implantação de embriões no útero, um a um. A gravidez foi confirmada na terceira tentativa. A advogada reagiu bem ao tratamento e as primeiras semanas da gravidez transcorreram sem qualquer anormalidade. Tanto que o casal decidiu fazer uma viagem pela Europa quando Patricia estava com 21 semanas de gravidez, mas na vigésima segunda semana, logo após a volta para o Brasil, uma ultrassonografia revelou abertura no colo do útero. "Eu pude constatar nesse exame de imagem que o colo do útero estava com cerca de 7 milímetros, a bolsa entrando dentro do colo, um sinal de infecção e o indicativo de que o parto seria prematuro", relembra o médico. Neste momento Patrícia relata que sentiu toda a preocupação do marido, médico e pai.

Com riscos sérios de complicações que pudessem fazer Patricia perder o bebê, o médico decidiu fazer um procedimento chamado cerclagem uterina realizado por ele mesmo. "A cerclagem uterina é um procedimento realizado por meio de cirurgia, em que se costura o colo para evitar o nascimento prematuro, e é indicada para mulheres que possuem uma insuficiência do colo do útero, uma dilatação que usualmente ocorre no segundo trimestre de gestação, e que é uma das causas de partos MUITO prematuros, podendo gerar graves sequelas na criança e até o óbito. A cerclagem profilática, antes do encurtamento do colo é muito segura. Porém, a cerclagem de urgência, como era nosso caso, é de grande risco. E neste momento foi onde senti medo, pois todos queríamos nosso bebê saudável", relembra o Dr. Alfonso.

Após a cirurgia, Patrícia tomou dez dias de antibióticos, medicamentos para segurar a gravidez e amadurecer o pulmão do bebê, e entrou em repouso absoluto. Todo este esforço levou a gravidez mais adiante. Com 31 semanas e 5 dias de gestação, contrações fortes e indício de sofrimento fetal levou a uma cesariana de emergência, e ao parto prematuro numa madrugada de feriado. Mais uma vez o homem se socorreu do médico que se viu diante das mesmas incertezas de que qualquer paciente sente numa situação como essa. "Foi muito duro ver que não poderia aguardar mais um minuto, e fizemos a cesariana. Fiquei muito feliz e aliviado quando o Nicolas chorou e o pediatra deu um Apgar (nota de vitalidade que o bebê recebe nos primeiros minutos de vida) de 9 e 10.", completa ele, que em meio à angústia e alegria realizou o parto da mulher.

O pequeno Nicolas veio ao mundo pesando 2 kg, mas uma infecção logo no primeiro dia de vida fez o bebê perder 500 gramas. Patricia e Alfonso ainda veriam o filho ficar mais 37 dias internado na UTI para que fossem ministrados os antibióticos e a criança ganhasse o peso necessário para deixar o hospital. "Sempre confiei plenamente no meu marido, que me acalmou e esteve todo tempo ao meu lado. Em nenhum momento ele me deixou fraquejar ou desistir e sempre acreditou que tudo daria certo. Os dias do bebê na UTI também foram muito delicados e a parceria que nos unia ficou ainda mais forte, porque tínhamos o mesmo propósito pela saúde do nosso filho", destaca Patrícia. Nicolas tem hoje um ano e oito meses, e cada data é uma oportunidade que o casal tem de celebrar a vida do menino. Mas para o Dr. Alfonso Massaguer o dia dos pais é ainda mais especial, porque mostra ao médico que toda a tecnologia e evolução da medicina reprodutiva nunca irá superar a força do pai de lutar pela vida do seu filho.



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