O varejo tem sido um dos setores mais afetados da economia desde a chegada do novo coronavírus ao Brasil, no qual pelo menos 600 mil micro e pequenas empresas fecharam as portas e 9 milhões de funcionários foram demitidos, segundo levantamento do SEBRAE.
Diante desse inevitável cenário, os profissionais foram obrigados a se reinventar e a buscar novas formas de vender seus produtos e serviços. Com isso, o e-commerce ganhou força, as lojas virtuais dispararam e as redes sociais mostraram que são mais do que apenas plataformas de fotos e vídeos.
Os modelos de negócios já existentes estão sendo formatados para atender às novas demandas de mercado, cujo propósito é acompanhar a mudança de comportamento dos consumidores, de forma geral. Esses usuários têm estado cada vez mais conectados, engajados e exigentes com a experiência diferenciada de compra que desejam ter.
Seguindo o raciocínio da transformação do comportamento do consumidor e do que esperam daqui para frente, alguns fatores tem se mostrado mais evidentes, como por exemplo, o hábito de consumir marcas que tem responsabilidade ambiental, que são mais “humanas”, que seguem a essência dos valores, missão e visão apresentadas e que valorizam o consumo crítico e colaborativo.
Pelo lado do mercado varejista, já é possível perceber uma maior preocupação com o consumidor e à forma como ele enxerga determinada marca. Sendo assim, vê-se a oportunidade de entregar valor através do surgimento de plataformas virtuais e automatização de serviços que visam melhorar, personalizar e agilizar a experiência dos clientes. Além disso, as estratégias de marketing são importantes investimentos para delinear modelos de negócios, reforçar e reposicionar uma marca na mente das pessoas, criando assim, um relacionamento duradouro entre marca e cliente.
O que será do varejo após a crise do novo coronavírus ainda é incerto, mas mudanças profundas serão necessárias para que tudo se estabilize de maneira saudável, e o grande aliado dessa transformação será a tecnologia. Milhares de micro e pequenos empreendedores estão se reinventando como alternativa para se manterem presentes no mercado.
Com a baixa circulação de pessoas pelas ruas e lojas físicas, a estratégia omnichannel tem se mostrado promissora, diminuindo gradativamente a distância entre o online e o offline. Com o fechamento das lojas físicas de serviços não essenciais, foi necessário se aventurar no mundo digital, principalmente em lojas virtuais, redes sociais e aplicativos de vendas como opção para expor e vender produtos e serviços. E claro, sempre através da utilização do e-commerce, ou seja, de pagamentos digitais.
O serviço de delivery, por exemplo, aumentou em 59% com o isolamento social, e muitas empresas que antes não cogitava esse modelo, tiveram que investir nisso para obter algum faturamento.
O futuro do varejo será baseado em inovações tecnológicas e comportamentais. A tecnologia não é mais um complemento facilitador, é uma necessidade de mercado.
Essa crise atual serviu para identificar que é preciso renovar, reinventar e criar diferentes cenários, a fim de suprir as novas necessidades que já surgiram e ainda virão.