O programa de Auxílio Emergencial está dando dor de cabeça em muita gente - mesmo em muitas pessoas que sequer pediram o benefício. Fraudadores estão utilizando o CPF de terceiros para fazer o cadastramento no programa, e obter recursos indevidamente.
É possível saber, pelo site do programa, se o seu CPF foi usado indevidamente para cadastro no Auxílio Emergencial e, em caso positivo, denunciar a fraude.
Veja como checar e denunciar fraudes:
1) Acesse o site do Dataprev
Para saber se o CPF foi usado indevidamente para requerer o Auxílio Emergencial é preciso fazer uma consulta no site da Dataprev, acessando este link: https://consultaauxilio.dataprev.gov.br/consulta/#/
Consulta para saber se o CPF foi usado para requerer o Auxílio Emergencial deve ser feita no site da Dataprev — Foto: Reprodução
2) Insira os dados solicitados
Para a consulta, é necessário inserir o CPF, nome completo, nome da mãe e data de nascimento. Em seguida, clique em 'Não sou robô" e "Enviar".
Dados consulta Dataprev — Foto: Reprodução/Dataprev
3) Resposta
Para quem não solicitou o benefício, o resultado da pesquisa no site da Dataprev deve ser “Requerimento não encontrado”.
Auxílio emergencial não encontrado — Foto: Reprodução/Dataprev
Caso o CPF tenha sido usado para solicitar o Auxílio, a mensagem deverá mostrar que o benefício está em processamento, foi aprovado, não aprovado, requerimento retido ou dados inconclusivos. Em qualquer um desses casos, houve pedido feito com seus dados.
Auxílio em processamento — Foto: Reprodução/Dataprev
4) Denuncie
Caso o site informe o registro do pedido - e não tenha sido você - a orientação é denunciar a fraude. Isso pode ser feito diretamente ao Ministério da Cidadania por meio dos telefones 121 ou 0800-707-2003.
A denúncia também pode ser feita diretamente em qualquer agência da Caixa Econômica Federal (CEF).
Outro indicador de fraude é receber uma mensagem no celular informando um código de solicitação do benefício. O código é enviado quando a pessoa faz o seu cadastro na solicitação do Auxílio Emergencial, mas a Caixa Econômica Federal (CEF) alerta que a mensagem enviada a quem não requereu o benefício pode ser uma isca para algum tipo de golpe.
"O recebimento de código não solicitado é um método de ataque comum para levar o usuário a clicar ou ligar para os agentes fraudulentos", informou a CEF ao Blog do Altieres Rohr.
Criado em abril pelo governo federal para minimizar os efeitos da crise financeira provocada pela pandemia do novo coronavírus, o Auxílio Emergencial de R$ 600 é destinado a trabalhadores informais, desempregados, MEIs e contribuintes individuais do INSS, maiores de idade e que cumpram requisitos de renda média de meio salário mínimo por pessoa, ou de até três salários mínimos por família.
Até o dia 26 de maio, a Controladoria-Geral da União apurava a suspeita de fraude em cerca de 160 mil pagamentos do benefício. Já no dia 2 de junho, o Tribunal de Contas da União estimou que cerca de 8 milhões de pessoas tenham recebido a ajuda indevidamente. Até a mesma data, a Caixa Econômica Federal havia recebido 106,3 milhões de cadastros, dos quais 59 milhões eram elegíveis ao pagamento e 11 milhões ainda aguardavam a análise do pedido.