Nesses 25 dias desde a primeira morte no Brasil, a taxa de letalidade da doença chegou a 5,4%.
São Paulo é o estado mais atingido pela doença, com 8.216 ocorrências e 540 mortes, seguido por Rio de Janeiro (2.464 e 147 óbitos) e Ceará (1.478 e 58 óbitos).
Em Santa Catarina, o número de pacientes contaminados pela doença em todo o estado passa de 700. No entanto, ao contrário do quadro apresentado ao longo da semana, o crescimento nos números foi menor dessa vez. Nesta sexta-feira (10), são 717 casos positivados para Covid-19, 24 a mais do que no dia anterior. O número de mortes continua em 18, segundo o governo do Estado.
Entre quinta e sexta-feira, houve um aumento de 116 mortes e 1.781 casos de Covid-19 no Brasil. O Ministério da Saúde prevê que o pico da doença no país deve ser entre o fim de abril e início de maio. Jean Gorinchteyn, infectologista do Hospital Emilio Ribas, em São Paulo, afirma que esse pico deveria estar acontecendo agora, mas o País conseguiu adiar.
“Essas curvas foram desaceleradas pelas quarentenas e, em paralelo, pela otimização dos hospitais de campanha, com leitos de UTI e aparelhos”, diz o especialista.
O total de infectados pelo coronavírus no mundo já passa de 1,6 milhão. A doença matou mais de 100 mil pessoas em todo o globo. A Itália segue sendo o país mais impactado, com mais de 18 mil mortes. Em seguida, vêm os Estados Unidos, com mais de 17 mil.
O avanço da doença gera preocupação e causou a mudança de hábitos em quase todos os segmentos da sociedade. Ao contrário da praxe jornalística, esta matéria não foi escrita da redação ou do 'local do fato', e sim de casa. Shows musicais foram substituídos por lives, eventos esportivos suspensos sem previsão de retorno, comércio de produtos não essenciais fechado, aulas, sessões políticas e celebrações religiosas realizadas à distância, pela internet.
Hábitos corriqueiros como o de lavar as mãos nunca foram tão enfatizados e valorizados. Pelas ruas de todo o país, cenas nunca antes vistas - ruas e avenidas outrora lotadas e engarrafadas têm pouco movimento. Entre os que desafiam a quarentena, por necessidade ou teimosia, um desfile de pessoas usando máscaras dos mais diversos tipos.
Em rodas de conversa – virtuais – questionamentos, até então difíceis de responder, se repetem: até onde vai a doença? E qual será o saldo nas relações humanas, sociais e comerciais Brasil e no mundo ao fim da pandemia?