10/04/2020 às 19h43min - Atualizada em 10/04/2020 às 19h43min

Brasil ultrapassa a marca de mil mortes confirmadas: SC tem mais de 700 casos positivos.

Segundo balanço do Ministério da Saúde, a Covid-19 já causou 1.056 óbitos no país

- 87 News
Estadão Minas / NSC
O Brasil ultrapassou, nesta sexta-feira, 10, a marca de mil mortes causadas pelo coronavírus. Segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, já são 19.638 brasileiros acometidos pela Covid-19 e 1.056 óbitos confirmados. Entre quinta e sexta-feira, houve um aumento de 116 mortes e 1.781 casos da doença.
 
A milésima morte ocorreu menos de um mês após a confirmação da primeira, em 17 de março. Um homem de 62 anos, diabético e hipertenso, que faleceu em São Paulo, foi a primeira vítima fatal da doença no país. O governo chegou a anunciar que havia ocorrido a morte de uma mulher de 75 anos pela Covid-19 em 25 de janeiro, em Minas Gerais. Entretanto, esse dado foi corrigido pelo Ministério da Saúde. A pasta informou que a referida mulher mineira, na realidade, morreu em 25 de março.
 
Nesses 25 dias desde a primeira morte no Brasil, a taxa de letalidade da doença chegou a 5,4%. 
 
São Paulo é o estado mais atingido pela doença, com 8.216 ocorrências e 540 mortes, seguido por Rio de Janeiro (2.464 e 147 óbitos) e Ceará (1.478 e 58 óbitos).

Em Santa Catarina, o número de pacientes contaminados pela doença em todo o estado passa de 700. No entanto, ao contrário do quadro apresentado ao longo da semana, o crescimento nos números foi menor dessa vez. Nesta sexta-feira (10), são 717 casos positivados para Covid-19, 24 a mais do que no dia anterior. O número de mortes continua em 18, segundo o governo do Estado.

Entre quinta e sexta-feira, houve um aumento de 116 mortes e 1.781 casos de Covid-19 no Brasil. O Ministério da Saúde prevê que o pico da doença no país deve ser entre o fim de abril e início de maio. Jean Gorinchteyn, infectologista do Hospital Emilio Ribas, em São Paulo, afirma que esse pico deveria estar acontecendo agora, mas o País conseguiu adiar.
 
“Essas curvas foram desaceleradas pelas quarentenas e, em paralelo, pela otimização dos hospitais de campanha, com leitos de UTI e aparelhos”, diz o especialista.
 
O total de infectados pelo coronavírus no mundo já passa de 1,6  milhão. A doença matou mais de 100 mil pessoas em todo o globo. A Itália segue sendo o país mais impactado, com mais de 18 mil mortes. Em seguida, vêm os Estados Unidos, com mais de 17 mil.
 
O avanço da doença gera preocupação e causou a mudança de hábitos em quase todos os segmentos da sociedade. Ao contrário da praxe jornalística, esta matéria não foi escrita da redação ou do 'local do fato', e sim de casa.
 
Shows musicais foram substituídos por lives, eventos esportivos suspensos sem previsão de retorno, comércio de produtos não essenciais fechado, aulas, sessões políticas e celebrações religiosas realizadas à distância, pela internet.
 
Hábitos corriqueiros como o de lavar as mãos nunca foram tão enfatizados e valorizados. Pelas ruas de todo o país, cenas nunca antes vistas - ruas e avenidas outrora lotadas e engarrafadas têm pouco movimento. Entre os que desafiam a quarentena, por necessidade ou teimosia, um desfile de pessoas usando máscaras dos mais diversos tipos.
 
Em rodas de conversa – virtuais – questionamentos, até então difíceis de responder, se repetem: até onde vai a doença? E qual será o saldo nas relações humanas, sociais e comerciais Brasil e no mundo ao fim da pandemia?

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