O coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado Daniel Freitas, reuniu na manhã desta quinta-feira (02), deputados federais e senadores para debater a situação do Estado e ações voltadas ao gerenciamento dos impactos causados pela pandemia do COVID-19.
O encontro realizado por teleconferência, foi o primeiro sob o comando de Daniel Freitas, que assumiu o grupo nesta semana após ter se recuperado do coronavírus. Além dos parlamentares, participaram também o Chefe de Gabinete do Ministro da Saúde, Alex Campos, assessor especial do ministro, José Carlos Aleluia, do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mário Cesar Aguiar e do presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM), Ademar José de Oliveira Paes Jr.
Por cerca de duas horas e meia, eles discutiram medidas de enfrentamento para as duas crises – da saúde e econômica – que, segundo Freitas, devem ser tratadas com a mesma responsabilidade e intensidade. “Buscamos alinhamento e união do grupo, para que possamos dar agilidade e apoio ao Estado e aos municípios, como por exemplo, na liberação das emendas parlamentares e na homologação de respiradores e EPI´s fabricados por empresas catarinenses, que serão distribuídos para Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul”, explica.
A Fiesc e a ACM já estão mobilizados, trabalhando de modo a acelerar a produção de respiradores, que pode chegar a mil unidades por mês, dependendo que a Anvisa aprove as adequações nos aparelhos, hoje dificultada pela necessidade de componentes importados. A liberação da agência permitirá a ampliação da produção e irá suprir a necessidade emergencial que a atual situação exige. Santa Catarina possui, ainda, empresas capacitadas para a fabricação de testes rápidos e máscaras, que também dependem da permissão. Situações colocada aos representantes do Ministério da Saúde que acompanharam a reunião.
Daniel Freitas frisou que outro assunto debatido foi a questão da flexibilização do isolamento. Assim como ele, outros parlamentares se mostraram favoráveis. “A grande maioria defende o retorno às atividades de forma responsável e segura, tomando os cuidados de prevenção e protegendo os grupos de risco. É inegável a necessidade do setor produtivo retornar às atividades, e como representantes temos a missão de nos unirmos para tomar decisões que terão reflexos diretos no combate e enfrentamento da doença, desenvolvendo ações que auxiliem na área da saúde e na economia como forma de minimizar os impactos sofridos pelos catarinenses”, avalia.
Um exemplo, citado pelo coordenador, é o transporte público que apresenta potencial de ser um dos maiores locais para contaminação. “Esta é uma das situações que devem ser avaliadas com cuidado, porque grande parte da população utiliza dos serviços para chegar ao trabalho”, finaliza.
O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mário Cesar Aguiar, avaliou positivamente o debate. “A reunião do Fórum Parlamentar foi muito importante porque permitiu a troca de informações e o debate de alternativas para enfrentar a crise unindo o setor público e o setor privado”, relatou.