O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu que o apoio à campanha "Milão Não Para", lançada há um mês contra o coronavírus, foi um erro. A bandeira levantada pela cidade italiana tinha como objetivo fazer com que as atividades econômicas e sociais, mesmo com a pandemia da Covid-19, não fossem interrompidas. No início da divulgação da hashtag na internet, em 26 de fevereiro, a Lombardia, região setentrional da Itália, tinha 258 pessoas infectadas pelo vírus, e o país inteiro contabilizava 12 mortes.
Um mês depois, Milão é a província da Itália mais atingida pela Covid-19. A cidade italiana registrou 32.346 casos de pessoas contaminadas e 4.474 óbitos, de acordo com balanço da Defesa Civil divulgado ontem (26). Em termos quantitativos, a cidade abriga 40,1% da população italiana acometida pela doença, representando 54,4% das mortes no país.
“Ninguém ainda havia entendido a virulência do vírus, e aquele era o espírito. Trabalho sete dias por semana para fazer minha parte, e aceito as críticas”, afirmou Sala, em entrevista a uma rede italiana.