A análise feita pela consultoria é trimestral e ocorre desde o segundo trimestre de 2023, quando 3.823 empresas recorreram à recuperação judicial para se manterem abertas. Desde então, o número tem crescido a cada parcial.
No segundo trimestre deste ano, 4.223 empreendimentos estavam nessa situação. O aumento ocorre mesmo com dados positivos na geração de empregos, como a elevação de trabalhadores registrados, e a manutenção do saldo de empresas criadas no país. É o que revela o painel Mapa de Empresas, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que indicou 93 mil empresas abertas em 2024 e 47 mil extintas durante neste ano, ambos excluindo a quantidade de MEIs abertas e fechadas no ano.
O levantamento indicou ainda a manutenção da tendência de aumento nas recuperações no Rio Grande do Sul, refletindo o impacto das cheias nos empreendimentos locais. A consultoria alertou ainda para o aumento de empresas em recuperação em Minas Gerais, onde 47 empreendimentos tiveram processos aceitos, saindo de 250 no segundo trimestre deste ano para 297 no último período.
Na contramão, o estado de São Paulo, que tem o maior número de inscritos no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ativos, apresentou redução na volume de empresas usando o recurso, saindo de um total de 1.279 para 1.255.
De acordo com a consultoria, é esperado novo aumento de processos de recuperação nos próximos meses, acelerado pela manutenção da Selic (taxa básica de juros da economia) no patamar de dois dígitos. “Nesse cenário, as empresas com endividamentos mais altos continuam com forte aperto para conseguir honrar as despesas financeiras e em um ambiente de escassez do crédito”, disse Gallegos.
As informações são da Agencia Brasil.