Os interessados em submeter seus projetos no Programa Tecnova II, e ter a chance de receber de R$ 150 mil a R$ 300 mil em subvenção econômica para o desenvolvimento de novos produtos ou serviços, devem apresentar as propostas até o dia 29 de novembro no site da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) - www.fapesc.sc.gov.br. O valor total chegará a R$ 7,5 milhões em subsídios.
O objetivo principal do programa é promover um significativo aumento das atividades de inovação e, por consequência, o incremento da competitividade das empresas e economia catarinense. Em sua segunda edição, o Tecnova conta com cases de sucesso, como uma empresa de Palhoça, que é umas das 133 no mundo a produzir equipamentos meteorológicos.
O presidente da companhia, Felipe Alfredo Jahn, conta que a participação no Tecnova ocorreu em 2014. “Nós submetemos um sensor que possibilita monitorar as encostas para prever deslizamentos como aconteceu no Morro do Baú em 2008, por exemplo”, recorda. “Foi um equipamento realmente inovador e teve todo o desenvolvimento ao longo do Tecnova”, completa.
Para o empresário, o auxílio vai além do financeiro. “O que mais fez a empresa crescer foi incorporar a gestão da inovação. Esse foi o maior aprendizado”, relata Jahn, que ainda acrescenta ter estipulado seis inovações ao ano para a empresa, hoje responsável por empregar 19 funcionários e com previsão de faturamento em 2019 de R$ 9,5 milhões. “Se não tivéssemos captado a subvenção do programa no passado não teríamos conseguido formar a equipe”, afirmou.
“A inovação é um dos motores da competitividade das empresas, que gera desenvolvimento econômico do nosso Estado e que vem se consolidando como referência tecnológica. O Governo catarinense incentiva programas como o Tecnova, que vem trazendo resultados, inspirando pessoas e trazendo novas soluções para os problemas da sociedade”, destaca o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), Lucas Esmeraldino.
Identificação de prioridades
Dentro da proposta de utilizar os recursos dos editais para solucionar gargalos e desenvolver a economia de Santa Catarina, há algumas mudanças nesta segunda edição do Tecnova. “Este processo traz a qualificação das áreas temáticas. Isso significa que o Governo está perseguido política pública e tentando identificar prioridades e cada vez mais utilizar os recursos públicos para resolver os problemas e gargalos do Estado como um todo”, afirma o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen.
A outra mudança é a regionalização, fazendo com que todas as áreas de Santa Catarina possam ser contempladas. “Estamos trabalhando com 11 regiões metropolitanas e o primeiro projeto vai concorrer na sua região. Isso para respeitar a diversidade e contemplar pelo menos um projeto de cada parte do estado, interiorizando o desenvolvimento a inovação em todos cantos de Santa Catarina”, explica Holthausen.
Sete temáticas
As propostas devem se encaixar nas seguintes temáticas: Tecnologias da Informação e Comunicação; Saúde; Inovação, Diversificação e Competitividade; Cadeia Produtiva de Alimentos; Gestão Pública e Turismo.
O Programa Tecnova é voltado para empresas, independentemente do tipo societário sob o qual estejam constituídas, que se encaixem em requisitos como: faturamento bruto anual de até R$ 16 milhões; data de registro na Junta Comercial ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas de sua jurisdição até pelo menos seis meses antes do lançamento do edital (15/04/2019); garanta o oferecimento de Contrapartida Financeira mínima de 5%; demonstre ter efetuado qualquer atividade operacional, não-operacional, patrimonial ou financeira até pelo menos três meses antes do lançamento do edital (15/07/2019); objeto social que contemple atividade compatível com a que será desempenhada no projeto proposto na data de divulgação do presente edital.
Dos R$ 7,5 milhões disponibilizados pelo Tecnova II, R$ 5 milhões são financiados pelo Governo Federal, por meio da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, e os outros R$ 2,5 milhões serão investidos pela Fapesc.