- O presidente está se desfiliando hoje do PSL. Vamos fazer a convenção na quinta-feira e tocar o partido para frente - disse Gonzaga.
De acordo com os advogados, não há empecilho para que Bolsonaro assuma a presidência do partido. A executiva que terá 15 integrantes será anunciada na quinta-feira.
- Essas questões vão ser anunciadas na quinta-feira, no dia do evento. O que podemos antecipar, inclusive é que é um grupo que vai lidar com as questões do partido, não vai ser um partido de um dono só, vai ser um grupo que cuidará das decisões e cuidará da administração do partido - disse Karina Kufa.
Os advogados do presidente defendem que os deputados do PSL que apoiam Bolsonaro já possuem argumentos para pedir a desfiliação da sigla por justa causa e seguir para o Aliança do Brasil
- Justa causa é o que não falta. O que se viu na postura do presidente do PSL e de todos aqueles que o acompanharam é justamente uma flagrante falta de compromisso com a transparência, com a boa gestão do dinheiro público e isso é inaceitável para o presidente, que não quer conviver com esta situação. Eu sei que a narrativa criada foi a questão do fundo partidário e não é nada disso. Uma narrativa criada por vocês. Não estamos preocupados com fundo partidário - disse Gonzaga.
Envolvido na criação do PSD em 2011, Admar Gonzaga considera que haverá tempo hábil para que o Aliança pelo Brasil esteja em condições de lançar candidatos em 2020.
- Nem tudo depende de nós. Nós temos meios para fazer em 140 dias. Eu já fiz um partido em 140 dias com muito menos recursos - respondeu Gonzaga, que é ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
- Com a popularidade do presidente Jair Bolsonaro a gente consegue, sem dúvida nenhuma, registrar esse partido antes das eleições municipais - acrescentou Kufa.
Na segunda-feira, Bolsonaro sinalizou que poderá assumir a presidência da nova legenda. Entretanto, ao conversar com jornalistas, não respondeu se ele estaria disposto a acumular as funções da Presidência da República com o comando da nova sigla.
Conforme o GLOBO antecipou, o senador Flávio Bolsonaro ( PSL -RJ) pode ganhar o comando do novo partido político que está sendo formado pelo pai. Ele é a segunda opção para assumir a presidência do "Aliança pelo Brasil" , caso o presidente Bolsonaro, que é a expectativa da maioria dos apoiadores, decida não ocupar a liderança formal da sigla que está sendo gestada para aglutinar apoiadores do bolsonarismo.
A estratégia que vem sendo discutida na criação do "Aliança pelo Brasil" é Bolsonaro assumir a presidência de seu novo partido e, imediatamente, se licenciar, passando o comando para Flávio. Bolsonaro, então, seguiria como uma espécie de presidente de honra.