29/10/2019 às 11h51min - Atualizada em 29/10/2019 às 11h51min

Afasc anuncia medidas contra desvio de merenda

Instituição atende cinco mil crianças de até quatro anos e possui 32 CEIs

- 87 News
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A Polícia Civil iniciou nas últimas semanas uma investigação para combater desvios de carnes na Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc). Duas mulheres foram detidas, mas já soltas após decisão assinada pelo juiz Fabiano Antunes da Silva, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Criciúma. Uma das envolvidas atuava como nutricionista da instituição e está afastada do cargo. A outra envolvida no caso recebeu o benefício da liberdade provisória e terá que realizar o cumprimento de algumas condições impostas pela justiça.

Na tarde desta segunda-feira, dia 28, o advogado da Afasc, Alexandre Barcelos e o diretor executivo da instituição, Adriano Boaroli, explicaram que a entidade está colaborando com as investigações e busca, por meio de uma investigação interna, descobrir se existem mais pessoas envolvidas no desvio de merendas. 

Segundo dados da Afasc, cinco mil crianças de 0 a 4 anos frequentam os 32 Centros de Educação Infantil (CEI) da instituição. “As crianças realizam cinco refeições por dia e pelo menos em duas eram realizadas alimentação com carnes. A nutricionista fazia todo o planejamento das refeições. Ela também realizava os pedidos e também os recebia. Esse foi o erro. A profissional ainda acompanhava as produções das refeições. Apesar dos desvios, as crianças não ficaram sem as alimentações”, relata Barcelos. 

De acordo com dados da Afasc, os pedidos de carne eram de duas toneladas e meia por mês. “Não detectamos a quantidade de carne que foi desviada. Há 15 dias recebemos a informação de forma anônima e acionamos a Polícia Civil. Eram gastos em média R$ 30 mil por mês com os pagamentos da carne”, detalha Barcelos. 

O diretor executivo da Afasc informa que faltam cerca de 30 dias letivos de aula e neste período as crianças não ficarão sem alimentação. “Nós rompemos contrato com a empresa que fornecia as carnes e um supermercado fará as entregas a partir de agora. Nós também tínhamos uma empresa que era responsável pelas entregas das carnes que era realizada a cada 15 dias. É algo que também não entendemos até o momento”, pontua Boaroli. 

O advogado da entidade conta que a nutricionista trabalhava há dez anos na Afasc e que o seu trabalho em relação a parte nutricional era bem feita. Por não ter faltado carne nos CEIs, a Afasc acredita que a profissional tenha mudado o cardápio para que nenhuma suspeita fosse levantada. 

Além disso, investigações interna e externa foram iniciadas para descobrir se mais pessoas faziam parte do desvio. A entidade ressalta que está colaborando com as investigações e buscará o ressarcimento do prejuízo. As investigações continuam sendo realizadas pela equipe de investigação da 1ª Delegacia de Polícia Civil.


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