O último dia no Brasil antes da viagem foi atarefado. Café da manhã bem cedinho, todos prontos, e já uniformizados, para ir ao Consulado Geral da República Popular da China tirar o visto. O procedimento foi rápido, mas antes, como a delegação chegou na fila com bastante antecedência para a entrada no local, deu tempo de sobra para conversar, assistir à vitória da seleção brasileira feminina sobre o Panamá na Copa, acompanhar o Mundial de natação e até chamar um motorista da Uber para levar uma encomenda a um amigo.
“Eu sei que vai ter ótimos atletas lá, de alto nível, que se igualam ao meu nível, atletas melhores que eu. A minha expectativa é de melhorar minha marca pessoal e trazer ótimos resultados para a minha cidade, meu estado e para o Brasil, e quem sabe ser medalhista”.
Felipe pratica atletismo há cinco anos e sua melhor marca na carreira é 16,16 metros. Ele entra na pista a partir do dia 1º de agosto. Com 1,90m de altura, ele sabe que vai travar uma leve batalha até chegar a Chengdu, já que as poltronas dos aviões nem sempre são espaçosas para quem cresceu um pouco mais que a média.
“É difícil. Eu já peguei vôo com um pouco menos de 27 horas e é um pouco cansativo, mas vale o esforço”
Depois de receberem o visto no Consulado, os atletas foram liberados, almoçaram e se reapresentaram no hotel da delegação às 16h, para fazer o teste de covid-19. Terminado o procedimento, era hora de arrumar as malas, enfrentar mais fila para fazer o check-in, esperar o avião chegar e dar tchau ao Brasil, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, para uma longa viagem até o Oriente.