O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Em Santa Catarina, a realidade é a mesma. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA) em 2018, a estimativa era de 2.190 casos novos de câncer de mama para o estado. No país, a estimativa era de 59.700 casos.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), alerta para outro dado: o câncer de mama é o que mais fez vítimas no Estado. De acordo com os dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), em 2018, 657 mulheres morreram por conta da doença. Neste ano, até o dia 30 de setembro, já foram registradas 457 mortes.
Por isso, a importância da campanha internacional “Outubro Rosa” e suas ações de prevenção e de sensibilização para o câncer de mama. Para Simone Meireles S. Pacheco, enfermeira da DIVE/SC, a conscientização sobre o que é a doença é fundamental. “Ter informação, saber se prevenir e onde buscar ajuda é extremamente importante. Já que com o diagnóstico precoce, as chances de cura aumentam muito”, destaca.
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. “É necessário que as mulheres fiquem atentas em relação à saúde para assim perceberem qualquer modificação no seu corpo. Alterações consideradas suspeitas não devem ser ignoradas”, enfatiza Maria Teresa Agostini, diretora da DIVE/SC.
A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). O INCA também afirma que o câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença.
Já o Ministério da Saúde alerta que os principais fatores de risco comportamentais relacionados são: excesso de peso corporal, falta de atividade física e consumo de bebidas alcoólicas. Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.