19/12/2018 às 10h53min - Atualizada em 19/12/2018 às 10h53min

Facebook compartilhou mais dados com gigantes tecnológicos do que o revelado, diz jornal

A companhia de Mark Zuckerberg autorizou que empresas como Amazon, Bing, Netflix, Spotify e Yahoo tivessem acesso a informações de seus usuários.

g1.com.br


O Facebook compartilhou mais dados pessoais de seus usuários com gigantes tecnológicos como Microsoft, Amazon e Netflix do que tinha revelado até agora, segundo informou nesta quarta-feira (19) o jornal "The New York Times".

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O jornal nova-iorquino teve acesso a centenas de documentos internos da companhia de Mark Zuckerberg que revelam como compartilhou os dados sem o consentimento dos usuários e gerou assim seu modelo de negócio através da publicidade.

O Facebook autorizou ao Bing, a plataforma de busca da Microsoft, a ver todos os nomes das amizades dos usuários do Facebook. À Netflix e ao Spotify permitiu ler as mensagens privadas.

A rede social também deu à Amazon acesso ao nome dos usuários e informações de contato e ao Yahoo permitiu ver publicações das amizades.

Algumas destas práticas ocorreram pelo menos até meados do ano. Quando atingido por múltiplos escândalos de privacidade, o Facebook tinha dito publicamente que já não permitia tais ações.

No total, foram cerca de 150 companhias, na maioria negócios tecnológicos, os que se beneficiaram destes acordos para entrar nos dados do Facebook, que tem 2,2 bilhões de usuários.

O diretor de privacidade do Facebook, Steve Satterfield, disse ao jornal The New York Times que nenhum destes acordos violou os acordos de privacidade ou os compromissos com os reguladores federais.

Porta-vozes do Spotify e da Netflix disseram ao jornal que "não tinham conhecimento dos amplos poderes que o Facebook lhes concedeu", enquanto o Yahoo negou ter utilizado informações para publicidade.

Aos diferentes escândalos de privacidade do Facebook que solaparam a imagem e reputação da empresa, se somam a controvérsia que rodeia a rede social pelo uso de sua plataforma divulgar mentiras e notícias falsas em processos eleitorais com o objetivo de influenciar nos resultados.

No caso concreto, nas eleições presidenciais nos EUA de 2016, Facebook estimou que cerca de 10 milhões de pessoas estiveram expostas aos mais de 3 mil anúncios pagos por contas falsas supostamente ligadas com a Rússia.

 
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