No segundo trimestre de 2019, a produção de ovos cresceu 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado, e bateu o recorde da série histórica, iniciada em 1987. Foram 942,45 milhões de dúzias de ovos de galinha, segundo os resultados completos da Estatística da Produção Pecuária, divulgados hoje pelo IBGE.
A produção de ovos teve 62,91 milhões de dúzias a mais que no mesmo trimestre de 2018, e foi impulsionada por aumentos em 22 estados. São Paulo segue na liderança, com 28,9% do total nacional.
Além disso, todas as atividades da pecuária tiveram variações positivas no segundo trimestre de 2019, quando comparadas ao mesmo período de 2018. Concorreram para isso não só os preços favoráveis no mercado externo como também a influência da paralisação dos caminhoneiros, em maio do ano passado, sobre a base de comparação.
As taxas foram positivas para o abate de bovinos (3,5%), de suínos (5,2%) e de frangos (3,4%), assim como para a aquisição de leite (6,9%) e a de couro (1%).
O mercado das carnes está aquecido pelo aumento da demanda externa, sobretudo na China. “A peste suína africana, que ocorreu na China, aumentou a demanda por carnes brasileiras de todos os tipos”, explica a gerente de Pecuária do IBGE, Angela Lordão.
Ela também destaca o crescimento do abate de novilhas. “É um novo nicho no mercado das carnes premium, que começou a se destacar a partir de 2018”.
Com isso, no segundo trimestre de 2019, foram abatidas 8,04 milhões de bovinos, cerca de 268,55 mil cabeças a mais que no mesmo período de 2018. Também foram abatidas 11,39 milhões de suínos, o melhor segundo trimestre desde 1997. Já o abate de frangos chegou a 1,42 bilhão de cabeças, com alta de 3,4% em relação ao mesmo período de 2018.
Quando comparadas ao trimestre imediatamente anterior, as taxas foram positivas para o abate de bovinos (1,4%) e de suínos (0,9%), além da produção de ovos (1,9%). Já o abate de frangos (-0,9%) e as aquisições de leite (-5,8%) e couro (-0,9%) recuaram nessa comparação.